08 novembro 2009

Mais de um Porto MUITO Alegre

Era quinta-feira e o dia estava cinzento. Uma leve onda de calor pairava sobre o ar. Calor este que era reforçado quando algumas nuvens, cansadas daquele cinza contínuo, resolviam se abrir e deixar que alguns raios de sol tocassem a terra. Neste cenário, descemos do ônibus próximo ao Mercado Público e decidimos que a tarde seria destinada para aproveitar as coisas belas que o local tinha para oferecer. Aquele prédio robusto, de cores branca e amarela, estava completando os seus 140 anos. Um ancião da beira do rio Guaíba. Em sua fachada um grande banner convidava os apressados a diminuírem o passo e conferir a homenagem prestada a si próprio em belíssimas fotos da sua gente, das suas paredes e da história que elas contém. Não resistindo ao apelo, adentramos o Mercado Público e por lá ficamos alguns minutos admirando, do segundo piso, aquele fluxo de pessoas que por vezes só passavam e por outras paravam pra gastar o seu salário no comércio local. Abandonando as portas do Mercado, seguimos reto pela 7 de Setembro deixando que nossos pés nos guiassem até a Praça da Alfândega. Livros, livros, livros e mais livros: estes eram os atrativos que por lá nos aguardavam. Eram bancas que não acabavam mais... Como um polvo, elas alastravam-se por entre as quebradas da Praça enchendo cada árvore, cada pedra, cada canto de cultura, de histórias e de gente. Depois de saborear os atrativos da Feira do Livro, programamos os pés para seguirem reto pela Andradas e estacionar na Casa de Cultura Mário Quintana. Confesso que já estivera por lá algumas vezes, mas havia sempre concentrado-me nos atrativos terrenos. Desta vez fui convidada a olhar pra cima. Subimos até o quinto andar afim de admirar a vista aérea da Rua dos Andradas - carinhosamente conhecida como Rua da Praia -. Lá estávamos no Jardim Lutzemberg. Um jardim criado em um dos terraço da Casa. Com seus vasos de cactos, banheiras antigas cheias de água e plantas, o Jardim emanava um ar bucólico que atraía alguns três casais que namoravam por ali. Subindo mais um pouco - até o sétimo andar se não me engano - conhecemos a cafeteria da Casa. Esta sim, na cúpula mais alta do local, com vista para o Rio Guaíba, nos convidava pra sentar e apreciar um bom café gelado e um creme de papaya com cassis. Ali, sentadas naquela mesinha, imaginando os bailes que por ali haviam acontecido - a Casa de Cultura é o antigo Hotel Majestic -, admirando um barquinho que cruzava o Guaíba, encerramos a nossa tarde. Resolvemos sair às pressas já que uma dupla de cantores montavam a sua aparelhagem e não estávamos dispostas a pagar couver...

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