E lá se vai a cabeleira

Ontem fui cortar o cabelo. Até então teria sido uma ida normal ao cabeleireiro não fosse pelo fato de ter dado asas à minha imaginação e pés à minha curiosidade. Perguntei ao Léo como ele foi parar nessa vida de tesouras, escovas e secadores de cabelo. Além da imaginação e curiosidade, o que fez-me cair em tal pergunta foi o fato de estar ali, dividindo uns 45 minutos da minha vida com alguém que eu, constantemente, olhava pelo espelho. Acho um porre ficar em silêncio. Foi então que o meu corte de cabelo tornou-se um tanto curioso. Resumindo a história dele: o cara era DJ; arrumou um bico de auxiliar de cabeleireiro para juntar grana e ir passar um mês na praia; viu que fazer assim ó, com os dedinhos e com a tesoura, dava grana; voltou da praia e continuou como auxiliar no mesmo salão; resolveu fazer um daqueles cursos do SENAC - aqueles que o cara corta cabelo de graça nos finais de semana só para treinar o dom com a navalha (e quem já não recorreu ao corte grátis dos alunos do SENAC)-; trocou de salão; trocou de novo; comeu o cabelo que o diabo cortou - como ele mesmo disse - e resolveu vender sanduíche no atual salão que estava; trocou de salão mais uma vez e foi pro concorrente; e adivinhem?? Resolveu sair de lá e largar tudo de mão. Até que um dia o seu pai falou de um outro lugar que ele conhecia o dono e insistiu pro filho ir falar com o tal amigo. E graças ao pai do Léo - e aos sanduiches -, o cara ta aí dando uma de "Edward Mãos de Tesoura" e fazendo a felicidade da mulherada, e dos meninos também! Aproveitei e pedi várias receitas de sanduiches de presunto e queijo: vai que a química resolve não dar certo!!!