10 setembro 2009

O Bolshoi da chuva


A gente não percebe, mas dias de chuvas não são só presenteados com água. São também presenteados com dança. Em dias de chuva não caminhamos: dançamos. Um ballet quase melhor do que qualquer bailarina do Bolshoi. Não tem como escaparmos disso. Experimenta descer de um ônibus, como eu fiz hoje, em um centro onde existem milhares de pessoas caminhando energicamente com os seus guarda-chuvas - coloridos, floreados, petit pois, pretos liso, pequenos, médios, tamanho família - abertos e tentando, em movimentos dançantes, escapar das fincadas de aros de guarda-chuvas vizinhos. Sem falar dos esbarrões tão fortes que acabam por levar consigo a nossa humilde proteção contra pingos gelados. É minha gente, a vida em dias chuvosos tem que continuar... Já que o Sol não aparece pra mostrar a sua realeza e colorir o nosso céu ou tornar o nosso verde mais verde, os guarda-chuvas tratam de fazer este papel: colorem nossa rua, com suas variadas estampas, pintando o sete nos dias cinzentos. Por estas e outras que dou-lhes um conselho: dançem bastante, abram seus guarda-chuvas coloridos e sejam feliz, afinal, não derretemos com chuva!!!

2 comentários:

Anônimo disse...

Sem contar que eles tem a função de causar esquecimento.

Ramon V. Santos disse...

Ontem eu roubei 2!