
Estou longe de ser uma renomada crítica de cinema. Gostaria apenas de compartilhar de minha opinião sobre alguns filmes que andei assistindo por estes dias. Ou quem sabe, até influenciá-los se para tal for digno meu ponto de vista. Talvez eu seja uma cinéfila de espírito porém não com tanto tempo disponível quanto eu gostaria para dedicar à arte de degustar obras cinematográficas. Indo ao que interessa, no último post comentei que assistiria ao "Quem quer ser um milionário", mas que não havia lido a sua sinopse. Não se preocupem pois não contarei o final do filme já que a intenção não é narrar a história. Apenas salientarei que de fato o filme é digno de receber todos os prêmios que recebeu: 19 entre Oscar, Globo de Ouro e Bafta (premiação da TV inglesa). A maneira como é mostrada a realidade dos indianos de classe desfavorecida - diga-se de passagem uma percentagem bem recheada - é o que chamou a minha atenção. Realidade esta que está bem longe das Mayas e Rajs da TV. Nota-se que as cores do filme e da novela são bem salientes porém exaltando intenções e despertando diferentes sentimentos em quem assiste. O filme retrata as cores quentes e, de certa forma, sujas da Índia. Mostra a pobreza, a arte da sobrevivência, a desigualdade e o "descrédito" com que são tratados os menos favorecidos quando sobressaem-se em certa atividade: o "show das perguntas". Achei muito interessante e atraente esta mescla de direção americana e atuação indiana. Cheio das ferramentas de corte rápido e feedbacks, o filme resulta em um história cativante e com críticas sociais, que analisando a época em que vivemos, cai como uma luva. Pelo o que andei vendo, percebi que não são todos que aderiram ao "Slumdog". Digo-lhes que fico com a parte que olhou, encantou-se e aprovou a mensagem final: apesar de todo o contexto massante e de impossibilidades, ainda assim é possível acreditar nos seus sonhos.
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